Tava tendo uma idéia para tentar colocar um post que tivesse mais a ver com fim de ano, aquele negócio
retrospectiva, sá? Menos raiva no último post, pra acabar o ano bem e começar o outro ano bem! Então, todo mundo faz retrospectiva dos fatos, dos acontecimentos... Há muitos acontecimentos que eu não quero lembrar, outros que eu guardo com muito carinho no coração... Hoje eu comprei a Tpm, capa do Marcello Anthony pra levar pra praia (claro que já li inteira..), e tinha lá uma retrospectiva de coisas importantes na vida de algumas mulheres... Bom,
relembrar é viver, or so they say...
Melhores Momentos 2004 (não estão em ordem cronológica nem de importância)
* Nessa ter me dito que estava grávida, lá em maio, acho... E como complemento disso, o nascimento do Luquinhas, há quase duas semanas. Ser
tia (sim, porque alguém tem dúvida de que a Nessa é tipo minha irmã?) mexeu comigo, e é lindo ver o futuro acontecer e poder ver assim tão de perto.
* Mimi ter voltado da Espanha e ter ficado por aqui. E junto com ela, perceber que o tempo que ela ficou fora só nos aproximou mais, e estreitou mais ainda nossos laços de amizade. Ter alguém com quem dividir minhas alegrias e tristezas, que me entenda só de olhar pra minha cara ou perceber meu silêncio não se tem todo dia.
* Ter me tornado mulher. Não sei, antes eu acho que era meio menina. By saying
me tornado mulher não significa que eu trepei a primeira vez esse ano (é ruim hein?? faz teeeeempo...) , nem a primeira vez que fiquei menstruada ou a primeira vez que chorei por um rapaz. São coisas que agora são tão parte de mim, do meu coração e dos meus pensamentos que eu não sei como antes pude pensar diferente. Também não saberia dizer bem o que mudou, como mudou, só sei que mudou. Estou mais forte.
* Meu primeiro filho nasceu! O Pedro Henrique é forte e saudável, tem me dado um trabalho do cão, me endividado desse segundo semestre pra cá, mas é uma conquista que só eu entendo, acho. Consumista, sim. Irrelevante, de jeito nenhum.
* Sou amiga da minha irmã. Antes convivíamos em harmonia, mas agora posso dizer que somos amigas. A ponto de se eu chegar de madrugada chorando, eu acordo ela e ela me diz que vai ficar tudo bem. E a ponto de se ela precisar de mim, eu páro o que estou fazendo e estarei lá.
* Perceber que não ter um emprego realmente pode ser bom pra algumas pessoas. Pro meu pai, principalmente. Nós estamos mais juntos do que nunca, se é que alguma vez já estivemos juntos como estamos agora. E ver que ele está bem.
* A Eva. A gente já era truta pra caralho no ano passado, mas eu adooooouro quando ela sabe exatamente qual será a minha reação diante de algum fato, ou alguma coisa. A viagem pra Ouro Preto com ela e a Mimi foi sem dúvida uma das mais divertidas que eu fiz em toda minha vida, e serviu pra nos aproximar ainda mais, de um jeito que só a gente entende, acho. Antes eu tinha muito medo de falar as coisas pra ela, as boas e as ruins, e acho que esse ano nossa amizade atingiu um outro nível, um nível que eu me sinto confortável o suficiente pra poder passar a mão naquele cabeção e fazer carinho ou de vez em quando dar umas porradas. Não há amizade sem liberdade, e ela me passa essa sensação de liberdade.
* Novas amigas. Roberta e Vera, que me aguentaram todos os dias no trabalho, nas reuniões fazendo piadas corrigindo o Inglês alheio, comentando sobre as roupas de outras professoras, disparando nosso saudável veneno, mas, acima de tudo, virando amigas, confidentes, pessoas que eu não tenho vergonha de chegar e falar tudo que estou pensando.
* Ter conseguido meu CPE. Por um momento, tinha esquecido dele. Mas ele foi importante pra mim, sim. Fechou outro ciclo. Ops, preciso ir até a Usp, puta que o pariu...
* Rodrigo ter mudado pra SP. Muito bom tê-lo próximo, poder encontrar quase toda semana, fazer balada junto, aprender a remar, ver que ele é fraquiiiiiinho com bebida, rachar o bico em algumas situações, dar bronca... Ai, os aquarianos. Melhor nem começar...
* Perceber que eu sou o resultado desses últimos 24 anos de dúvidas, risadas, choros, inseguranças, questões, paixões, amores que não acabam, amizades, carinhos. E melhor ainda, perceber que quem não gosta de mim deve ficar mesmo longe de mim, pra não me fazer mal e não atrapalhar o caminho que eu tô tentando trilhar.
Acho que aprendi muito nesse ano. Essa última semana então foi importante demais pra mim, pro meu crescimento (sem piadas, por favor!), pro meu aprendizado como ser humano que convive com outros seres humanos diferentes de mim. Aprendi a lição mais importante do mundo: eu não posso mudar o que os outros sentem/fazem/desejam por ou de mim. Aprendi de um jeito duro e difícil que as pessoas podem me decepcionar se eu as coloco tão alto. Mas aprendi também que cada um escolhe o que quer pra sua vida, e eu não tenho nada a ver com isso... Então, do fundo do meu coração, desejo um
feliz ano novo. Tá na hora de acabar um ano e começar outro, pra eu e todo mundo poder finalmente
recomeçar e ter, de novo,
esperança. De um ano melhor e de ser uma pessoa melhor pra que as outras pessoas também sejam melhores...