.:o muro da dedé:.

:: diário de uma pós adolescente urbana:: feel free.



domingo, agosto 28, 2005

dedé et les garçons (IV)

último capítulo - da faculdade aos dias de hoje

:: o nome dele era martché, e ele era primo do meu primo. descobrimos isso numa festa da são francisco, e ele estudava na poli. tive que arrastar uma amiga até uma cervejada depois de algumas semanas só pra encontrar com o menino. depois de 4 horas de enrolação e cerveja, ele muito educado me avisa que iria me beijar. um dia, ele ia me levar flores. eu desmarquei o encontro. ele nunca mais quis me ver. encontrei-o na estrada indo pro Hopi Hari uma vez.

:: asssiti a um show da banda dele. fiquei apaixonada com o modo dele cantar, e lembro como ele falou essa música se chama mulheres negras. disse pra mim mesma que ainda ia conseguir ficar com aquele cara. mandei carta, ele me respondeu. viramos grandes amigos. foi o primeiro a me tratar como mulher, e não menina. nos conhecemos no metrô consolação, eu morrendo de vergonha - ele não era de são paulo. rodrigo parecia muito à vontade tomando o suco de mamão com laranja e pegando o guardanapo da minha mão. me ligou minutos depois de eu tê-lo deixado na casa de um amigo pra ele voltar pra cidade dele, dizendo que eu era linda e que ele tinha se arrependido de não ter feito alguma coisa. meses depois, fui pra cidade dele, e ele disse que nunca vai se esquecer de mim porque eu arrombei a frieza do coração dele. não ficamos juntos quando cheguei em sp - voltei para o antigo namorado. acho que ele nunca me perdoou. agora ele mora aqui e também voltou pra antiga namorada.

:: tenho essa amiga da faculdade desde o dia do trote. a lenda era que ela tinha dois irmãos lindos, mas que era muito ciumenta. diziam que um era soldado (não entendo até hoje) e o outro fazia medicina em campinas. um dia fomos no aniversário de outra amiga, e ela levou o irmão médico. dr. evo foi minha paixão mais forte nos últimos anos. lelê era carinhoso, meigo, atencioso e me fazia sentir a pessoa mais importante do mundo pra ele. eu não conseguia quebrar toda aquela frieza que arrombei em alguém e que colocaram no meu coração, e não soube me entregar inteira. dei pra ele tudo que consegui na época. mas não foi o suficiente.

:: uma noite na balada vi um cara. no meio de tantos outros, esse cara. esquece, vai casar amanhã. uma pena. esqueci, fazer o quê... meses depois de olhares platônicos, nos falamos. e discutimos música e concordamos em tudo. ele era tudo que eu sempre havia sonhado que fosse. ele me faz querer fumar, e eu odeio cigarro. ele é o único menino que eu acho que dança bem. uma pena, ele continua casado. mas casamentos acabam...


*****
verdade seja dita, ainda tenho muitos causos pra contar... acho que esses foram os mais significativos, de algum modo. e de um jeito estranho e engraçado, muitos deles ainda são presentes na minha vida. alguns mais do que eu queria, outros menos do que eu podia desejar... tem aqueles que eu não sei lidar, outros que lido super bem. todos que estão até hoje me fazem chorar. mas ainda acho que vou acumular vários outros tantos. e tenho certeza que cabe mais gente.