.:o muro da dedé:.

:: diário de uma pós adolescente urbana:: feel free.



sexta-feira, março 12, 2004

Nossa, entrei no blog da Eva porque ela tinha me mandado um email pedindo pra corrigir uma coisinha lá e, meu, estou profundamente tocada com tudo que li... Caralho, não sei explicar o que senti lendo tudo aquilo, mas imagino que pra ela deve ter sido muito foda se abrir tanto como ela o fez, e me pareceu tudo tão sincero, tão do fundo do coração que não teve como tocar o mais fundo de mim... As palavras sobre o querido Janjão, que eu nunca tive coragem de escrever, que eram tão sinceras, tão sofridas, mas tão vividas e tão essenciais pro crescimento dessa garota que sempre está rindo, fazendo palhaçada e que às vezes eu até esqueço que ela é humana e que sente coisas boas tanto quanto ruins, e que sofre também. Aqueles momentos que eu me lembro também do Janjão quando ele se foi e via o desespero nos olhos dela, acho que agora me caiu a ficha, de que a gente se uniu muito no nosso sofrimento todo mundo, e me sinto mal por não ter percebido isso antes, por não associar a relação que hoje tenho com ela com essa perda, mas ao mesmo tempo, olho e vejo que se passamos por isso juntas, é porque podemos passar por qualquer coisa. E isso eu penso quando lembro de todas as "perukas" e agregados, nossas veteranas, todos juntos tentando ser fortes e se mostrando lá uns para os outros. Que merda é isso, o ser humano é patético, só aprende através da dor e do sofrimento e vejo isso como uma grande bosta e ao mesmo tempo, da onde tiramos força pra nos levantar no dia seguinte em que uma merda acontece? E quando não conseguimos nos levantar, o que fazer a não ser continuar respirando porque Deus ou uma força maior não quis que nós nos fossemos juntos. Podia ser eu, e eu sempre lembro disso. E acho uma merda muito grande. Não no sentido egoísta de "ainda bem que não fui eu", mas muito pelo contrário. Podia ter sido a Eva, podia ter sido a Sil, podia ter sido qualquer uma, mas quiseram nos tirar nosso homem, nossa referência masculina da Faculdade de Educação - turma de 99, talvez para nos mostrar alguma coisa que eu não sei explicar bem o que é. Meu, que saudades. Nossa, que saudades brutal que eu tô sentindo agora. E eu sei que você tá bem, meu querido Janjones, e eu acabo de ouvir sua risada.