Em casa. Acordei cedo. Tive uma DR com a minha mãe, falei que estava querendo sair de casa e não sei o que faço. Me encontro num dilema pós moderno. E ridículo e um tanto quanto burguês. Não sei se junto dinheiro pra sair de casa ou pra comprar um carro, porque meu carro tá uma bosta. Agora ele resolveu não pegar mais toda hora que eu ligo, o vidro da direita do pasageiro não abaixa de vez em quando. Ele tá precisando fazer uma terapia, acho. O problema é que se eu decidir comprar outro carro, vou ficar endividada pro resto da vida. Ok, não pro resto da vida, mas por uns bons 3 anos, e aí blau blau meus planos de sair de casa... Se sair de casa, no entanto, não terei um puto pra guardar pra comprar um carro, vou demorar mil anos pra conseguir juntar dinheiro o suficiente pra comprar um carro. Não sei o que faço. Não sei da onde vem tanta indecisão junta, o que será que a vida quer me mostrar? Que eu não consigo ir atrás do que quero? Como ir atrás do que quero se nem sei bem o que é? Ai mamãe. Estou me sentindo patética com essas questões existenciais expostas num diário virtual que pessoas lêem não sei por que diabos, talvez por quererem saber da minha vidinha patética, talvez por saudades, talvez por curiosidade, talvez pra terem um tipo de controle sobre o que eu faço, talvez por não terem coragem de me procurar de verdade pra sentar e trocar uma idéia, talvez por estarem longe, talvez por não saberem lidar com a minha pessoa. Ah, ou então lêem mesmo porque não têm nada melhor a fazer.
E ninguém quer ir comigo no show do De Leve amanhã, vou ligar pro Tibix e chamar o Azeite. Tudo isso porque o Rodrigo ainda não mora aqui, se não ele iria com certeza. Pfff. =p