.:o muro da dedé:.

:: diário de uma pós adolescente urbana:: feel free.



sábado, setembro 11, 2004

não, não vá embora não...

Eu estou a própria manteiga derretida. Não sei por que direito, mas hoje fiquei pensando muito nas amizades que temos na vida. Cara, que coisa triste pensar que perdemos tantos amigos. Fazemos tantos, mas perdemos tantos, por quê? O que nos separa tanto assim de uma pessoa que uma vez foi tão nossa amiga, soube ler nossos pensamentos, passou tantos momentos juntos? Será que mudamos tanto assim ou a vida nos faz assim, mutantes, para que tenhamos a chance de conhecer bastante gente e sermos capazes de escolher quem queremos ao nosso lado? Mas, se a vida nos faz assim, o que nos torna tão diferentes a ponto de não haver mais a convivência em comum? Fico pensando em amigas que eram tão amigas... Julinha, Ju K, Kel, Renata, Carla, Luzinha, tanta gente... Penso na Bá, hoje falei com ela. Ela é a única que não sumiu. Não nos falamos sempre, nos vemos menos ainda, mas eu sei que ela está lá e ela sabe que eu estou aqui. E eu sei que quando nos vemos é igual, e é isso que me acende uma luzinha. Já rimos, já choramos, já tombamos, já estivemos muito juntas... Mas ela eu sei que dentro ainda é a mesma pessoa. E eu acho que ela sabe que eu também sou.
Tenho medo das amigas e amigos de agora. Que essas pessoas possam sumir de repente sem dar sinal nenhum, como foi com as outras... A Estelinha me disse há pouco que o que a gente tem é diferente. Mas era diferente com elas também, então o que foi que aconteceu? Onde foi que tudo se perdeu? Quero deixar aqui que eu nunca vou sumir. Dessas que estão comigo hoje. Desses também, o que seria de mim sem o Azeite, o Rodrigo, o Mike e o Bola?? E de quem eu me perdi, espero reencontrar algum dia...

Canção para Amigos**
às vezes penso que foi tudo em vão
parei pra pensar tantos anos depois
se lembra quando éramos mais jovens?
e tudo parecia ser mais fácil...

acho que crescemos demais...
aconteceu o que temíamos
não vamos mais nos entender
se foi a natureza ou o sistema só o tempo dirá

vou seguir meu caminho
lutar pelo que insisto em acreditar
vou tentar entender o teu
desculpe dizer isso mas parece que você se vendeu

mas que te traga paz, leveza e força pra continuar
a vida é mesmo estranha...
nada é mais para sempre

espero um dia poder me sentar ao seu lado
e gordos e conformados podermos rir
que nossos questionamentos não tenham sido em vão
espero que algo tenha mudado até então

somos adultos demais
caminhos opostos e individuais
tempos de crise e muita confusão
queria mudar junto com você mas parece que não

se canto essa canção é porque ainda tenho fé
mas se o sorriso é tão forçado
é porque não estou em paz nem ao seu lado

se não sentimos nada devemos tentar viver
e se o sistema nos separou, tentar nos entender
e continuar a acreditar que o melhor é dialogar
mesmo de longe e te evitando te considero um irmão
se tenho dúvidas demais por isso escrevo essa canção.

** essa música é do Dead Fish, e o Rodrigo escreveu quando brigou uma vez fudida com o Nô, e achou que as coisas nunca mais seriam iguais.