.:o muro da dedé:.

:: diário de uma pós adolescente urbana:: feel free.



domingo, fevereiro 22, 2004

Ai, tô cansada. Acabo de chegar em casa. Ontem nem fui ao Juvercinah e nem ao seu Zé. Já estava aqui, de pijaminha de calça de flocos de neve cor de rosa, meia de coração e camiseta do Pinky e do Cérebro pra dormir, só vendo tv, fuçando na internerd como sempre, quando a Sil me liga mó empolgada da vida, querendo sair e dizendo que já tava indo pro Juvercinah. Mil telefonemas depois, ligações pra acordar a Eva, ligações para me convencer a tirar os pj´s e lá vou eu me agilizar pra sair. Fomos de novo ao Atari/Otari, diziam que ia ser legal, até foi legal, me diverti mas meu... Vários momentos crise na noite. Tava eu lá, quietinha da vida naqueles sofás quando chega um mala, mas daqueles sem desconfiômetro nenhum, e começa a conversar. Me fez tirar os pés da cadeira em que eu tava apoiando pra sentar e trocar uma ideinha muito fraca que eu só dava risada pra não ser tão má. Eis que o cara surta e começa a falar que eu sou (atenção) uma metida, orgulhosa, que eu preciso aprender a ser mais humilde e o caralho a quatro. Aí fudeu. Fiquei muito indignada, o foda é que eu ainda tava sóbria nessa hora, se não eu ia simplesmente dar risada e ignorar, mas fiquei muito puta e comecei a bater boca com o cidadão, que se achava o cara mais mano do universo. Ok, não devia ter feito isso e ter simplesmente ignorado o cara que falou que eu deveria "ver a luz no fim do túnel, se não eu veria o espeto" (???). Puts, aí comecei a rachar o bico e o cidadão começou a falar que eu era, eu era, eu era.........SOBERBA! Ah, vai tomar no cú. Fiquei quietinha e falei "tá bom", e o cara levantou pra ir embora e quase me deu um tapa no rosto, filho da puta cretino. Céus, fiquei puta, e a Eva levantou querendo acalmar a situação, hahahaha, foi muito engraçado, e o cara não queria que ela tocasse nele...Ai mamãe. Cada uma que a gente tem que aguentar... E depois ainda teve o toque final. Imagine a cena. Pista de dança. Estrobo muito forte. Música muito alta. Pessoas muito loucas. Eis que surge uma figura. Cabelos longos, cacheados e pretos, à la Rush em fase anos 80. Duas argolas enormes nas orelhas. Camisa aberta. Calça de uma estampa que eu não consegui definir, mas que era brega pra caralho. O cara começa a xavecar a Eva, que para se defender diz que estamos juntas. Eis que o cara propõe: "Que tal nós 4?". Riso geral na balada, e na cara do cara, coitado. Não, coitado não, vai ser sem noção assim na puta que te pariu... E sem contar o outro cara que até dava um caldo, fez a gente fazer minhoca com ele, ficou xavecando todo mundo e depois ainda foi beijar outra menina!!! O mundo está perdido e é por isso que eu digo e todos dizem em coro: por isso que o jovem no Brasil não é levado à sério.