.:o muro da dedé:.

:: diário de uma pós adolescente urbana:: feel free.



sexta-feira, fevereiro 06, 2004

Eu sou patética. Além de ter acabado de escrever um puta texto que eu acabei de perder, e que vou re-escrever porque quero. Hoje eu tava pensando muito no Rodrigo, por ser aniversário dele e tals. Daí resolvi ler meus emails do bolo, que eu não lia há mil anos, e que tinha uns muito velhos do Rodrigo. Achei um velhão, de outubro de 2001. Foi uma resposta de um email que tinha mandado pra ele num desses momentos de crises que são muito meus, dizendo que eu gostava muito dele, e que sentia muito por não termos tido alguma coisa tão séria, e ele me falava coisas lindas, do tipo "vc arrombou minha frieza e minha solidão, isso eu nunca vou esquecer, pode ter certeza... ",e eu comecei a chorar lendo isso, porque eu namorava o Dani nessa época, e isso tudo causou uma PUTA crise no meu namoro, ele leu, ficou mal, chorou, e ficamos estranhos um tempão... O que pega quando eu li esse email é o seguinte: eu nunca fui feliz. Eu não fui feliz ao lado do Dani. Daí eu não fui feliz ao lado do Rodrigo, porque pensava em outra pessoa. Daí quando voltei com o Dani de novo, pensava no Rodrigo. Quando tava sozinha também não era feliz. E agora não sou feliz de novo porque ainda penso nele. Eu nunca sou feliz. Isso me dá um puta desespero porque eu acho que nunca vou gostar de alguém sem ter um outro fantasma por trás, sem ficar achando "e se..."Sendo que os "e se...", vão sempre ser "e se...", e eu vou sofrer. Há alguns minutos eu peguei um cartão que o Dani me escreveu aquele dia, que eu escondi atrás de uma foto do meu pai e nunca mais li, desde que a gente terminou. E eu li agora, e senti uma dor enorme ao ver tanta sinceridade escrita nele. E eu penso agora que não posso fazer nada, que estou de mãos atadas, e pés atados e olhos chorosos por não conseguir olhar pra trás e ver alegria, mas somente ver a dor que sinto agora. E ontem quando ele me perguntou se eu estava mesmo namorando eu não consegui responder. E eu hoje descobri que talvez não consiga nunca. Eis o porquê de eu me considerar patética.