.:o muro da dedé:.

:: diário de uma pós adolescente urbana:: feel free.



sexta-feira, novembro 21, 2003

Eu tô tão doidivanas (adoro essa palavra!), que eu escrevi errado lá embaixo que era 5a feira em plena 3a feira e ninguém me corrigiu! Eita. Ontem foi 5a. E aconteceu uma coisa, como sempre. Após um dia longo, em que fui à USP para o último dia de "aula" com o Gadotti, e descobrir que tenho que entregar uma resenha, e dp ir passear no shopping Eldorado com a Estelinha e de ficar com saudade da Mimi porque aquele é um dos shoppings que a gente passou boa parte da faculdade, e dp de ter ido à Cultura (ufa, respirem!), estava eu, voltando pra casa pensando "Esse Evo é um safado, não me ligou ainda! Não vamos poder fazer nada hoje então!", dirigindo, ouvindo Ill Communication, quando meu celular toca e começa a piscar "Leonardo-cel", "Leonardo-cel", "Leonardo-cel". E eu pensei com meus botões: "Ué, ele deve estar em Campinas ainda então...Hmm. Estranho." Bem, o que aconteceu foi que ele me falou que tinha ido para a praia com uns amigos dele, e perguntou umas 57 vezes se eu estava brava, afirmando em seguida que "não, eu sei que vc não tá brava. Você tá brava? Não, eu sei que não." Enfim, eu confesso: fiquei bem triste. Não beeeeem triste, mas fiquei meio poxa... Ele disse que volta no sábado pra ir pra balada da Eva, e sábado já é amanhã, mas eu só vou vê-lo sábado à noite. Ok,descontrol à parte, ele perguntou se eu ia aguentar de saudades até sábado, e eu achei isso a coisa mais fofa do planeta, e disse que não sabia. Aí ele, mega fofo, disse que sabia que eu ia aguentar, que eu era forte, que eu era pequenininha mas muito forte. E por mais que eu tivesse feliz naquela hora, quem eu me lembrei foi do Dani, porque ele tinha esses papos de que eu sou pequena mas sou forte. E fiquei triste. Não sei, eu tô tendo que enterrá-lo de verdade, e eu tô tentando, e na verdade eu nem quero pensar nisso porque basta pensar que lágrimas se apoderam dos meus olhinhos que choram sempre tanto, ainda mais por aquele moleque que eu nem consigo chamar de cuzão, fdp, cretino, encosto, sei lá o que. Eu não quero pensar nisso. Não quero, mas quanto mais eu não quero, mais eu penso. Eu só queria ser uma pessoa livre de mágoas, livre de pensamentos imbecis, livre de me achar burra por ficar me boicotando. Estou aqui abrindo meu coração e com um puta medo do que as pessoas possam achar de mim, mas por quê? Eu não quero começar a ver coisas que não existem no Léo, começar a criar defeitos nele que eu sei que não existem, só pra fazer aquilo que eu já fiz comigo, que é me boicotar. E o pior é tentar entender por que eu faço isso comigo, por que eu fico achando que num vou conseguir me relacionar com outro cara, por que eu fico achando aquela merda, bem pequena, mas que existe ainda do "eu nunca vou poder ficar com ele de novo". Eu me odeio nesse momento. Por ser e sofrer dessa ambivalência terrível.