um ciclo se fechando... outro abrindo.

julho acabou. entramos em agosto, dia 2 de agosto, dia de começar a pensar no meu aniversário. eu sempre começo a pensar no meu aniversário com meses de antecedência, mas esse foi diferente. não sei o que fazer. provavelmente não vou saber até semana que vem. festinha em casa, festinha num bar, não festinha, só família, só amigos, ninguém... oh dúvida cruel. não quero lembrar que estou completando meus 26 anos. não acho que esteja ficando velha, 26 anos ainda é muito pouco. mas me sinto meio velha.
talvez velha pra algumas coisas. velha pra ainda morar em casa. velha pra ainda avisar quando vou demorar a chegar. velha por ter que ser responsável. velha por ver tanta gente mais jovem.
daí eu lembro que sou jovem. jovem pra sair. pra beber, pra me divertir. pra ser um pouco irresponsável quando puder. pra não saber o que o futuro me reserva. pra saber que as coisas podem ser temporárias demais. pra não querer sair de casa por medo de ficar sozinha.
penso na minha avó. com 26 anos ela já era viúva, tinha dois filhos pequenos e engatava num segundo casamento, de onde sairiam mais dois filhos. ela já era velha com 26. deve ser estranho pra ela olhar pra mim com a mesma idade, ainda em casa, solteira, sem planos de ser mãe.
ser mãe é outra coisa que pra mim sempre foi sinal de estar velha. ainda acho estranho ver minhas amigas mães. a tata, mega jovem é mãe da bia que já sabe até ler. a nessa levando o lucas na escola. a mimi, mais nova que eu, grávida da paulinha curtindo um mega barrigão. isso quer dizer que elas nunca mais vão ser irresponsáveis? cometer atos inconseqüentes, encher a cara, chorar na balada, fantasiar sobre o cara perfeito? a partir do momento que se vira mãe, se perde a juventude? ou será que ela nunca existiu?
não sei, talvez esteja mega dramática por conta do meu inferno astral junto à minha tpm por vir. talvez não seja assim ser mãe, casada, gente grande - velha. eu não sei como é, e acho que só vou saber quando o dia chegar. mas acho que ainda vai demorar.
só sei que meus planos continuam aí. não sei onde vão dar, e não sei quais serão os que vão vingar. mas me perco sem eles.