.:o muro da dedé:.

:: diário de uma pós adolescente urbana:: feel free.



sábado, abril 24, 2004

o que é um peido pra quem tá cagado?

Essa frase é muito boa. E olha que deve haver algo cabalístico, porque ontem mesmo eu deixei esse comentário no blog da Costela, e aí ontem na balada do Rafa no Ó, o Falcão falou isso bem no final da festa, quando o álcool já estava bem denso no nosso sangue. Enfim, momentos são sempre momentos, mas a cereja no bolo, o peido pra quem tá cagado foi o que se segue...
Chegamos cedo, por volta de 11 da noite, a coitada da Eva já estava lá, nos esperando pacientemente fora do muro pichado do Ó. O sambão rolava solto, uma Original pra brindar o aniversário do Rafa sem ele presente, e vamos lá. Mas aconteceu algo estranho: o tempo não passava! Justo ontem que tínhamos uma meta, de sair de lá só às 4h30 porque a Sil ia ter que viajar! Várias aventuras, fotos no banheiro, charuto, mais cerveja, fotos do clone do Pierre, aliás, várias pessoas conhecidas: clone do Pierre, Jimmy Neutron, a menina da Celebridades, que eu não sei o nome (esqueci!), e claro, o cara do A-ha, diretamente dos anos 80, com um blazer, calça jeans e camiseta pro baixo... Nem são várias, né? Ok. Então, e o tempo não passava, mais cerveja, mais xixi, mais cerveja, mais xixi, DR interminável do Rafa com a Marcela, bode. Crica enchendo o saco, perdi a paciência. Bem, saímos de lá, fomos levar a Sil na Vila Mariana pra nossa guerreira pegar o buso, demos um tempo na lojinha de conveniência. Estou eu, tranqüilíssima comendo meu pão de batata dentro do carro, quando um cara se aproxima. "Oi, tudo bom? Como ce chama? Eu sou o X. Você não quer vir aqui fora?". Não. Tô sussa. "Pô, mas eu quero ficar com você, vem aqui, você tem uma covinha foda", e eu pensei: o cara tá me chamando de bochechuda na cara dura! "E aí, tava na balada? Onde vc foi?". No Ó. "Ah é, toca o quê?". Samba. "Legal, e o que tocou?". Errr, samba?? "Ah tá. Pô, ce não quer ficar comigo, um mestiço gatão??". Não, valeu. "Então me dá seu telefone?". Não. Tchau.
Finalmente a Sil e a Paty entraram no carro, e fomos deixar a Sil na praça. Saindo de lá, eu não me liguei que estava na contra-mão, e veio um carro da polícia (o peido pra quem tá cagado, leia-se: cansada, meio bêbada, irritada, com sono e o pior: sem carteira de motorista.) e pára bem na nossa frente, farol alto, maior escândalo. Desce o gambé com a arma na mão e nem foi preciso perguntar o que tinha acontecido que eu, desesperada, com o cu na mão, já fui falando que não conhecia essas ruas direito, que tinha acabado de deixar minha amiga ali atrás, que só queria voltar pra casa... E a Crica gritando "PORRA, PRECISA DESCER COM A ARMA NA MÃO???", e eu com vontade de mandar ela calar a boca, porque se o cara pede nossos documentos, eu tô fudida... Beleza, moral da PM feita, deixaram a gente ir e nem pediram documento. Mas eu fiquei tremendo uns bons 10 minutos e dei uma puta bronca na Crica. Não sei como cheguei em casa, e não dormi direito. Estou cansada, daqui a pouco vou sair pra pegar os tradicionais sanduíches de metro da família Custódio e aproveitar pra tomar um café no Suplicy. O Rodrigo ficou de me ligar, mas não sei se ele vai ligar, e também não sei se rola balada hoje. Tem que valer muito a pena, porque tô acabadassa. Ah, e beu dariz continua entubido.